Cinco Coisas…

Essa semana recebi um e-mail da minha irmã, me dando bom dia e com um link para eu assistir, fui ver o vídeo e fiquei pensando nele. E hoje, por questões muito minhas, fiquei mais pensativa e quis dividir meus pensamentos com vocês….

Esse é o vídeo que recebi:

Cinco maiores arrependimentos

Não acho que estou cruzando o Cabo da Boa Esperança, acredito que tenho alguns bons anos pela frente, mas mesmo assim, o que assisti me fez pensar. Talvez porque alguns, ou se não todos, os itens desse pequeno vídeo estão na minha vida, e na vida da maioria de nós, em maior ou menor espaço…

Quantas vezes na nossa vida, a gente acaba fazendo o que os outros esperam que façamos, ou melhor, “O que ACHAMOS, que os outros querem”, e esse ACHAR que coloquei na segunda frase, faz toda a diferença do mundo. Porque ao invés de perguntarmos, não… nós deduzimos que aquele é o pensamento e nos esforçamos em alcançá-lo, porque agradar o outro é tão importante para a gente, que saímos por aí, adivinhando a vontade do outro e fazendo miséria na nossa vida para conseguirmos cumprir… Para depois descobrirmos que as coisas não são bem assim. Entendo perfeitamente que somos feitos para viver em bando e não sozinhos.  Mas qual o preço que pagamos por isso?

Colocamos “roupinhas” em cima de roupinhas… Por que esperam que sejamos inteligentes, descoladas, que gostemos de sertanejo, de rock, que falemos  inglês, espanhol, que consigamos um emprego bom… e aí vamos nos tornando perfeitos, mas perfeitos para quem? Se eu com meus 29 anos as vezes acho que faço demais para os outros, imagina quando completar 80 e estiver revisando a minha vida? Entendo que o medo da solidão, da rejeição seja grande ao ponto de nos adaptarmos as mais diversas situações, mas será que ele tem que ser tão grande ao ponto de nos anularmos como indivíduos, será que essa é a única forma de não ouvirmos “não”? Não, não te quero, não você não se encaixa nesse grupo, não tem o perfil para esse emprego… Será que não passamos muitas vezes por cima de nós mesmos para nos livrarmos desses “nãos”?

Qual o problema de ouvirmos não? As vezes eu acho que nos falta coragem nesse ponto. Coragem de assumirmos as nossas escolhas, as nossas opções… De abrirmos o armário e escolhermos a nossa roupinha, com a nossa cara, e não com a cara que esperam que tenhamos. Somos fieis aos nossos pais, namorados, amigos, esposos, filhos…. e esquecemos de jurar fidelidade as nós mesmos. Porque sempre que fazemos alguma coisa contra os nossos princípios, ficamos com aquele gosto amargo na boca, aquela “meia felicidade”, e a sensação que somos aceitos e queridos até “a página dois”.

Também pensei muito no tempo que guardamos para aqueles que nos aceitam até o final das nossas páginas, os nosso amigos. Eu não os vejo com a intensidade que gostaria, melhor, com a intensidade que eles merecem… E porque isso? Porque sofro do mal da maioria, trabalho demais. Essa seria a desculpa perfeita, mas parei para pensar. Ok trabalho muito, acordo cedo, durmo tarde… mas para estar com os meus amigos eu preciso de quantas horas? Um dia perfeito de Sol, num churrasco sem hora para acabar? Porque precisamos do perfeito se a nossa vida é repleta de imperfeições e mesmo assim seguimos em frente. Tudo bem, não posso passar um final de semana com os meus amigos, mas posso ligar, comer um lanche, tocar a campainha e dizer oi… Mais uma vez me peguei exigindo demais e esquecendo no que é importante para mim. Conviver com aqueles que amo, que me amam e que tornam o fardo mais leve.

E no final disso tudo tem o fato do quanto dizer tudo isso é difícil, do quanto expressar as nossas alegrias, nossas tristezas é complicado e muitas vezes dolorido. Sentimos vergonha, mas de que? De amar? Vivemos numa época onde expressar bons sentimos é visto como sinal de fraqueza, vivemos numa época onde temos que ser fortes e obstinados, como se não fosse possível ser isso e ainda poder dizer “eu te amo”, “sinto a sua falta”, “você é importante para mim”. E o contrário também! Dizer que “você me magoou”, “isso me irrita”, “não gosto” e principalmente “não quero” é mostrar suas fraquezas, é deixar claro que o outro exerce algum poder em você. Mas e daí que o outro exerça? Qual o problema?

Como é complicado viver assim… Pensei muito hoje, pensei que preciso de coragem para escolher a roupinha… pensei que preciso de amor para viver, que esse amor precisa ser primeiro por mim para depois escolher quem aceitarei me amar…. e principalmente, que não quero viver tanto para no final descobrir que o tanto não me satisfez, quero serenidade no final e a plenitude de saber que fiz tudo possível, que me respeitei.

Minha irmã terminou o e-mail de bom dia que originou esse post dizendo “Amo vc!”. E nada mais justo que encerrar esse post filosófico dizendo quem também amo, minhas irmãs, minha mãe, meus amigos… e que pensar e refletir sempre é positivo, mas sem a coragem para seguir e decidir ficaremos empacados no meio do caminho…

2 pensamentos sobre “Cinco Coisas…

  1. Meire Oliveira disse:

    Lindo mesmo, amo seus textos, quando vc escrever seu primeiro best seller por favor quero receber um assim: Para minha fã Meiroka.

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  2. Que lindo Aninha… amo vc tb.. sds…bjs

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